segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Desculpas! Enfim, sinceras!

Acordou um pouco mais tarde que de costume! Não se importou, afinal não é todo dia que uma pessoa consegue ficar sozinha quando necessita ficar sozinha, pelo menos por enquanto! Ficou deitada na cama olhando pro teto por alguns minutos, pensando em nada especificamente. Precisava de pensamentos soltos.

Levantou e foi pro banheiro escovar os dentes e tomar um banho. O dia ia ser longo apesar de ter acordado tarde. Almoçou vendo jornal, mas nada parecia fazer com que ela se concentrasse em alguma coisa, seja ela qual for. Pensou que fosse uma coisa pouco provável, só que aconteceu. Nada a interessava!

Saiu de casa, foi na padaria da esquina e comprou um cappuccino. Andou até o final da orla e o copo parecia muito mais interessante que o mar. Resolveu então, sentar num banquinho e ficar olhando o movimento das pessoas na rua e as crianças brincando na areia. Tudo parecia desagradável naquele dia. Até o rosto de pessoas amigas. O que a fez evita-los.

Até que uma senhora sentou no banco ao lado. Ela sentiu que os cabelos grisalhos queriam puxar papo, mas decidiu ignora-los. “Era melhor assim”, pensou! E continuou a bebericar o cappuccino.

E finalmente, o que ela menos queria aconteceu. A senhora não se conteve e quando ela menos esperou estava falando sobre o mau tempo, gripe suína e as pessoas inóspitas da cidade. Mesmo ela notando que a pessoa do banco do lado, não a encarava e continuava com o copo na mão sem querer falar sobre exatamente nada naquele dia.

Obviamente pensou que ela não poderia ser dali. Ignorar era o que todos sabiam fazer de melhor naquela cidade e os cabelos grisalhos parecia ser a única que ainda não tinha se adaptado a isso. Mais tarde ficou sabendo que a senhora morava ali tinha mais ou menos uns 7 anos e odiava. E com toda ignorância disponível do momento, a moça do café foi a única capaz de dar ouvidos a sua conversa fiada!

Voltou pro apartamento, satisfeita com o dia nada pouco proveitoso. E notou até um sorriso de canto de boca refletido no vidro do carro. Quase sem acreditar que aquela ali era eu.

E a senhora, (cujo minha educação falhou na hora) até hoje não sei o nome! Nem agradeci pela insistência que me fez dar um sorriso!

Chegou em casa e foi bom encontrar os amigos. Mais tarde pediu desculpas pra pessoa que merecia recebe-las. E pela primeira vez, naquele final de semana, dormiu em paz!

2 comentários:

A. disse...

1°-- palavra "inóspita" em um texto? ui!

2°--detesto o fato de entender um fato um mês depois de ter acontecido

3°--detesto o fato de depois saber que o fato tinha algo além de um fato...

4°--e gosto de saber que qualquer fato se resume a alguma coisa que poucos entendem : algo impactante!

Unknown disse...

Esta é a minha Brank!